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Saiba tudo sobre a Taxa Selic: O que é, quem controla e como afeta

O Blog Letsbank preparou um guia para você entender tudo sobre a taxa que rege a economia do país

O que é a taxa Selic? 

A taxa Selic é a principal taxa que rege a economia brasileira e seu nome nada mais é que uma sigla para ‘Sistema Especial de Liquidação e Custódia’. Neste sistema, as instituições financeiras compram e vendem títulos disponibilizados pelo Tesouro Nacional, administrado pelo Banco Central.

Em um dia, as instituições financeiras realizam uma grande quantidade de operações relacionadas a depósitos e saques, e precisam entregar uma quantia estipulada para o Banco Central, a fim de evitar o aumento da inflação.

Quando os bancos não atingem essa quantia mínima, precisam fazer um pequeno empréstimo para manter o equilíbrio. As instituições financeiras compram os títulos umas das outras, em um prazo muito curto de tempo e recebem o valor de volta, com o ajuste de juros. Essa movimentação é realizada apenas pelos bancos e nós não temos acesso, e recebe o nome de taxa Selic Over.

A Taxa Selic que estamos acostumados a ouvir é a Selic Meta, definida a cada 45 dias pelos integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária) e interfere diretamente nos juros que são atribuídos para o consumidor.


Copom e o controle da Taxa Selic 

O Copom, como mencionamos anteriormente, é o Comitê de Política Monetária. Este órgão do Banco Central é composto por oito diretores e seu Presidente. Juntos, os integrantes definem, a cada 45 dias, a meta para taxa básica de juros da economia (a taxa Selic).

Nas reuniões usadas para definir a taxa, o Copom avalia o cenário econômico a nível nacional e internacional e diversos outros aspectos que embasam a tomada de decisão. Por fim, é comunicado para a população, além de uma ata com informações mais detalhadas.

 

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Como a taxa Selic afeta o nosso dia a dia? 

A taxa Selic é a principal forma que o Banco Central utiliza para controlar a inflação no país. Por influenciar todas as outras taxas, os juros cobrados para a solicitação de crédito podem aumentar ou diminuir, bem como os investimentos que você possui.

O reflexo da taxa Selic nos empréstimos:
Por ser a taxa básica que serve de parâmetro para definir os juros de todo o mercado, quanto maior a taxa Selic estiver, maior serão os juros cobrados pelos bancos ao oferecerem financiamentos e empréstimos à população.

Os juros para solicitação de crédito caem, consequentemente, quando a taxa Selic é abaixada. Este seria o melhor momento para solicitar esses serviços anteriormente mencionados, caso você tenha interesse.

Decidindo o melhor para seus investimentos:
Conforme já falamos no texto, a Selic influencia diretamente no bolso do consumidor, seja ao solicitar empréstimo ou ao investir. Dentre eles, podemos citar a Poupança, os Investimentos de Renda Fixa (como CDB, LCI, entre outros) e Tesouro Direto. É preciso estar atento às modalidades disponíveis no mercado e hoje, nós vamos te ajudar:

A taxa Selic e a Poupança:
A remuneração da poupança é diretamente ligada à taxa Selic. Sendo assim, quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança vai render 0,5% sobre a quantia depositada + a Taxa Referencial.

E o que ocorre quando a taxa está igual ou abaixo de 8,5% ao ano? Nesse caso, a poupança vai render 70% da taxa Selic + a Taxa Referencial.

Para ficar mais claro: Quando a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a remuneração da poupança acompanha a taxa. E, quando a Selic estiver acima de 8,5%, o rendimento se torna fixo, sem crescer.

A influência da taxa Selic para os Investimentos de Renda Fixa:
Os investimentos de Renda Fixa possuem os rendimentos mais previsíveis e o menor risco para as instituições financeiras. Eles estão ligados diretamente à taxa de juros básica, sendo assim, quanto maior for a taxa, maior o rendimento dos títulos de Renda Fixa. Conheça os títulos disponíveis:

  • CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Você, que ao investir no CDB, estava buscando uma renda um pouco melhor do que a que é conquistada com a poupança sabe do que se trata esta modalidade? 
Ao comprar um título de Certificado de Depósito Bancário, você está emprestando seu dinheiro ao banco para que eles possam financiar as atividades de crédito oferecidas. Na hora de comprar o título de seu interesse, é interessante estar de olho nos dois tipos mais comuns:

  1. CDB prefixado: Este tipo de CDB tem como característica informar ao investidor, exatamente o valor obtido após o prazo de vencimento da aplicação.
  2. CDB pós-fixado: Para esta modalidade, o investidor fica sabendo qual o indicador utilizado para gerar a rentabilidade no momento da contratação. É importante lembrar que neste tipo de aplicação, não é possível saber exatamente qual será a remuneração final recebida, já que os indicadores são passíveis de alterações. 
  •  LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito de Agronegócio)

O LCI e LCA são tipos de investimentos de Renda Fixa livres de Imposto de Renda. Também são muito parecidos com o que ocorre durante a contratação dos CDBs, onde o investidor “empresta” o dinheiro para a instituição financeira, sejam elas bancos ou corretoras.

Os LCIs são voltados para, como o nome diz, setor imobiliário e podem ser utilizadas por diferentes organizações que atendam ao setor, sejam elas voltadas para o empréstimo, a manutenção dos imóveis ou companhias que trabalham com hipotecas.

Já os LCAs são referentes ao setor de agropecuária, isso é, o dinheiro destinado à compra de títulos desta modalidade ajuda a financiar toda a produção e investimentos voltados para a área. Podem ser utilizados para empréstimos ou financiamento solicitados por produtores.

Assim como os CDBs, o investidor deve decidir se deseja saber exatamente quanto irá receber com o aporte feito, após o vencimento ou prefere contar com as oscilações das taxas que regem o mercado.

  •  Tesouro Direto

O Tesouro Direto foi criado pelo órgão que gere a gestão da dívida do país – o Tesouro Nacional -. Com esta modalidade, os investidores (pessoas físicas) podem comprar títulos do governo federal, o que na prática, podemos dizer, é que o investidor “empresta” seu dinheiro ao governo. Vamos focar no Tesouro Selic, tema principal deste conteúdo.
O Tesouro Selic se trata de um título pós-fixado, que acompanha a taxa de juros básica (que nós já aprendemos hoje). Com ele, não é possível saber a rentabilidade obtida ao final da contratação já que a taxa “flutua” durante o tempo corrido.

 

O aumento da taxa Selic é ruim? E a queda? 
A resposta é: Depende. 

Nossa dica para tentar minimizar o impacto que a taxa Selic tem no dia a dia é: crie sua carteira de investimentos (basicamente, o conjunto de todas as aplicações realizadas por você) e diversifique ela de acordo com o seu perfil investidor (que pode ser conservador, moderado ou agressivo). 

Com isso, você pode ter a taxa de juros básica “ao seu favor”, podendo aproveitar, por exemplo, a taxa atual de 11,75% para investir em títulos voltados à Renda Fixa, que acompanham o crescimento da taxa.

Essa diversificação também pode ajudar você no momento de queda da Selic, é o que acontece com a poupança. Como explicamos antes, a poupança acompanha a taxa até que ela atinja a marca de 8,5% a.a.

Agora que você já aprendeu tudo sobre a taxa Selic, não precisa ter medo das notícias relacionadas a ela. O melhor a se fazer é acompanhar os indicadores e diversificar a carteira com base nas suas análises.